A idéia de uma festa assim pode parecer boba, mas ao longo das festas que fui, percebi que algumas pessoas sentem algo diferente quando estão lá... Creio que parte disso é a brincadeira, o lance de "intepretar" alguém, enfim...
Como nenhuma idéia aparecia, comecei a pensar em inúmeros filmes e vendo o que cada título me sugeria... Iria de letra em letra... Começando por A... Vamo lá:
"Amadeus, Anaconda, A volta dos Mortos vivos, Amistad, Apocalypto, Amnésia, Apocalypse Now, Armageddon, A Fábrica de Chocolate, A Noiva Cadáver..." - desisti.
E aí o filme apareceu de repente: A Pantera Cor-de-Rosa (nem precisei ir pra letra "B").
Eu sempre curti o personagem do desenho, adorava o modo como ela (ele) sacaneava o inspetor que a perseguia, que nem o Papa Léguas fazia com o Coiote. Mas eu jamais me vestiria de Pantera Cor-de-Rosa, imagine como ficaria minha reputação depois disso, fora os inúmeros apelidos que o povo aplicaria em minha pessoa. (O "lá ele" é bem-vindo nessas horas). Pelo menos eu já sabia por onde começar: pela Pantera de pelúcia que ganhei numa promoção de uma loja de brinquedos há algumas semanas... comédia.
Na minha cabeça só vinha o cenário da Pantera, um suporte para ela... como se eu fosse a "base da Pantera" e formasse o "conjunto dela", algo assim, de modo que eu não fosse a Pantera, dá pra entender? Pensei na Pantera numa árvore de pirulitos, sendo o pirulito a representação da criança, da diversão (em festas de guris tem uns lances assim na mesa onde fica o bolo, tipos uns enfeites formados por doces, que nem coquetel de frutas... povo de idéias doidas...) Sei lá... Eu tava decidido a ir de "cenário da Pantera Cor-de-Rosa". Nem fazia idéia de como fazer uma árvore de pirulitos. Só sei que ia ficar engraçado; minha meta era essa. Não tinha tempo nenhum para produzir nada, só faltavam 4 dias para a festa e eu tava com pouca paciência também, cheio de coisas extras pra fazer...
Depois eu notei que a coisa podia ser muito simples: eu podia ir do Inspetor da Pantera Cor-de-Rosa! Eu iria fantasiado dele, com a Pantera de pelúcia do lado!
Eu sabia que o personagem era um francês... mas não lembrava o nome. Fiz uma pesquisa e descobri... "Jacques Clouseau"... (pronunciando "Clusô", disso eu sabia). Aluguei o último filme Pantera Cor-de-Rosa, com Steve Martin... Mas não quis parecer com o personagem do Steve, e sim com o inspetor branco do desenho (o cara que tinha cor de giz, parecia uma versão atarracada de Chaplin)... Queria algo assim, expressionista, vívido... A única coisa que precisei comprar foi o chapéu... porque o resto tava no guarda-roupa, inclusive o bigode e o blazer do meu pai que usei num curta-metragem clássico chamado "Amarelo Jaca", o qual me recuso a comentar...
Jacques Clouseau fez sucesso na festa do amigo do meu amigo... rendeu boas fotos com o povo que eu nem conhecia... Mas também porque eu interagia com a galera, eu brincava de ser o Jacques sem parar... tem um lance estranho com essa coisa de personagem, acho que os atores se sentem assim quando põem o figurino... você some e o personagem fica. É macabro mesmo... Se festa é pra curtir... vamo curtir.
Ainda tem muita coisa pra falar desse cara... foram inúmeras histórias em duas festas que ele apareceu (até então)... Vou contando aos poucos...
Nenhum comentário:
Postar um comentário